Segundo a Abramet, veículos contém vapores de substâncias tóxicas; recomendação é ventilar o automóvel
Segundo ele, as reações dependem do organismo, já que cada pessoa pode ter mais ou menos sensibilidade ao odor. “Temos que considerar fatores inerentes ao indivíduo, como sexo, idade, raça, genéticos, nutricionais, psíquicos e doenças pré-existentes que podem interferir no aparecimento de sinais, sintomas ou doenças”, explica. Conforme o médico, crianças, gestantes e idosos tendem a sofrer mais a ação dessas substâncias químicas.
Dirceu Rodrigues destaca, ainda, que nas regiões mais quentes o efeito pode ser mais perceptível. “Quando o carro está aquecido, a liberação dos vapores é maior. O calor ativa os vapores lá presentes”, explica.
Mas não há motivo para pânico. De acordo com o profissional, basta adotar alguns cuidados ao adquirir o carro zero. A recomendação é que o proprietário do veículo novo abra os vidros e deixe ventilar, inclusive quando o ar condicionado for acionado, para que os vapores saiam do interior do carro. A recomendação também é evitar estacionar o carro ao sol e utilizar proteção no para-brisa, para evitar exposição do painel ao calor. A estimativa é que os vapores dispersam totalmente ao longo de seis meses.
A Abramet afirma que não há dados estatísticos com relação a pessoas que apresentam sinais ou sintomas por inalarem esses vapores dentro do veículo. Segundo o médico, isso ocorre porque dificilmente as reações são relacionadas ao cheiro do carro.
Veja quais são as substâncias que contribuem para o cheiro de carro novo e seus efeitos sobre o organismo:
– Benzeno: carcinogênico, atua sobre o sistema nervoso central, altera a produção de glóbulos brancos, altera a imunidade e hormônios e é teratogênico.
Natália Pianegonda
Agência CNT de Notícias